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 | 23/02/2005 11h44min

Ruralistas gaúchos bloqueiam parcialmente acesso a fazenda

Protesto visa impedir vistorias do Incra no Rio Grande do Sul

Os produtores rurais fizeram um bloqueio no acesso a uma fazenda que seria vistoriada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, na manhã desta quarta, 23. Outras duas fazendas na região estão no cronograma de vistorias para fins de reforma agrária.

Segundo o Sindicato Rural de Santa Vitória do Palmar, os ruralistas fazem uma manifestação próximo à área e a Brigada Militar (BM) enviou uma viatura para o local. O presidente do sindicato, Luciano Terra, diz que o bloqueio ocorreu de forma parcial e que o objetivo é mostrar a situação de emergência no município devido à estiagem.

Santa Vitória do Palmar é um dos municípios gaúchos que decretou situação de emergência. Três técnicos do Incra só conseguiram iniciar a vistoria devido ao apoio da BM e da Polícia Federal (PF). Ao todo, 3 mil hectares serão vistoriados em três fazendas da região.

Pela manhã, entre 10h e 11h, 90% do comércio local fechou as portas como forma de protesto e para apoiar a manifestação dos produtores rurais. Os ruralistas não descartam ações na Justiça para impedir as vistorias. Em São Gabriel, os ruralistas decidiram montar barreiras, em assembléia realizada na noite desta terça. O presidente do sindicato, Tarso Teixeira, diz que esta medida só vai ocorrer se houver novas notificações para vistorias.

Em São Gabriel, que pode decretar situação de emergência devido à seca, as perdas nas lavouras de arroz e soja chegam a 40%. Na plantação de milho, chega a 80%. Cerca de 50 ruralistas mantêm vigília nas duas propriedades vistoriadas, num total de 4 mil hectares.

Em Livramento, na fronteira oeste gaúcha, o sindicato rural decidiu ingressar na Justiça para impedir o trabalho do Incra. As vistorias em cinco áreas do município, totalizando 6,6 mil hectares, devem começar em março.

O Incra mantém o cronograma nestes três municípios e informa que não há necessidade de cancelar o trabalho por que as áreas escolhidas não sofreram com a estiagem do ano passado e o índice de produtividade de cada fazenda não está relacionado diretamente a este período de seca, e sim a um período de 12 meses.

As informações são da Rádio Gaúcha.

 

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