| 15/02/2005 17h29min
A estiagem que vem castingado o Rio Grande do Sul deverá continuar pelo menos nos próximos dias. De acordo com a Central RBS de Meteorologia, todas as informações de modelos numéricos de previsão do tempo dos mais diversos Centros de Meteorologia mostram que o Estado não terá grandes volumes de chuva nos próximos dias.
A presença de uma área de baixa pressão no oceano ainda poderá trazer chuva isolada e no geral fraca para o leste, sobretudo litoral. Nas demais regiões, como a fronteira com a Argentina, a estabilidade deverá predominar com tempo seco. Além disto, está previsto a partir da tarde de quinta, dia 17, a entrada de uma onda de calor que vai elevar muito a temperatura pelo Rio Grande do Sul, em especial nas regiões de Santa Maria, Uruguaiana e Santo Ângelo, fato esse que poderá agravar a estiagem.
A boa notícia é que a partir do dia 21 há grande probabilidade de avanço de uma nova frente fria de intensidade moderada que finalmente poderá trazer uma chuva mais generalizada, substituindo assim a chuva de pontos isolados que vem ocorrendo pelo Estado. É importante destacar que nesses casos de frentes frias avançando sobre ar quente é normal a formação de nuvens tipo Cumulunimbus, que provocam chuva curtas de forte intensidade em pontos isolados. A Central RBS lembra que esta previsão de passagem de frente fria está sendo feita dentro de um longo período, e poderá sofrer alterações ao longo dos próximos dias.
A Central lembra que durante o verão o sul do Brasil tem normalmente alguns períodos de Estiagem. Esse fato vem sendo observado por um longo período de pelo menos 30 anos. Uma das causas é que nesta época do ano as frentes frias (um dos principais mecanismo de chuva no RS) passam pela região com fraca intensidade, sem receber o reforço da umidade vinda da região norte do Brasil, que só intensifica as frentes frias na região de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde freqüentemente há ocorrência de enxurradas.
Essa condição
padrão pode ser modificada
em anos com influência de fortes fenômenos climáticos globais como El Niño e La Niña, que minimizam ou maximizam, respectivamente, a estiagem que é o padrão normal do Estado no verão. Neste ano temos caracterizado até agora o fenômeno El Niño, que está fraco e por isso não tem conseguindo minimizar a estiagem.
A Central RBS de Meteorologia destaca que o Fenômeno El Niño/La Niña é caracterizado pelo aquecimento/resfriamento das águas do Oceano Pacífico na região do Equador, bem como intensificação dos Ventos Alísios (denominação dos ventos na região do Equador), anomalia de pressão atmosférica entre as cidades de Darwin (Austrália) e Tahiti.
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