| 04/02/2005 12h05min
A China prende mais jornalistas do que qualquer outro país do mundo e, ao lado de Cuba, Eritréia e Mianmar, responde por mais de três quartos de todos os jornalistas presos ao redor do mundo. A informação está em relatório do Comitê para Proteção de Jornalistas divulgado nesta quinta-feira, dia 4.
O estudo anual datado de 31 de dezembro levantou 122 jornalistas presos em 20 países por exercer a profissão, 16 a menos do que em 2003. O grupo de advogados informou que a lista incluía um jornalista norte-americano, Jim Taricani, sentenciado a seis meses de prisão domiciliar por se recusar a revelar a fonte de um videoteipe que vazou.
Pelo sexto ano consecutivo, a China lidera o ranking de prisões de jornalistas, com 42, seguido de Cuba, com 23, Eritréia, com 17, e Mianmar, com 11.
Baseada em Nova York, o Comitê para Proteção de Jornalistas criticou os Estados Unidos ao informar que outros dois jornalistas norte-americanos podem ser presos por se recusarem a revelar suas fontes – Matthew Cooper, da Time, e Judith Miller, do New York Times. Ambos foram intimados a depor em juízo sobre um suposto vazamento ilegal, por parte do governo Bush, do nome de um agente secreto da CIA para a mídia.
A entidade disse que mais da metade dos jornalistas presos foram enquadrados em leis "anti-Estado", enquanto outros foram acusados de difamação ou insulto por incitar a agitação pública e espalhar notícias "falsas".
As informações são da agência Reuters.
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