O vôo de vistoria que seria realizado sobre o Rio Gravataí nesta quarta, dia 2, foi cancelado após a ocorrência de chuva na Região Metropolitana de Porto Alegre. A precipitação pluviométrica não deve ser suficiente para reverter o quadro de estiagem ao longo do rio.

Conforme o prefeito de Gravataí, Sérgio Stasinski, o vôo será realizado assim que o tempo se estabilizar e houver condições de decolagem.

– Comemoramos a chuva, mesmo que tímida, mas lamentamos o cancelamento da vistoria – disse Stasinski.

O levamento será realizado em parceria com a Fundação Municipal do Meio Ambiente (FMMA). O baixo nível do Rio Gravataí levou a Corsan a instituir racionamento no abastecimento de água em Alvorada, Viamão, Cachoeirinha e Gravataí até que a estiagem seja amenizada.

Durante o vôo a FMMA irá verificar se as bombas que estavam retirando água sem licença do rio para irrigação de lavouras de arroz seguem desativadas. A preocupação do presidente da Fundação, Paulo Müller, está voltada para as bombas licenciadas pela Fepam, que continuam sugando água do rio.

– Apesar de serem legalizadas, a Lei dos Recursos Hídricos garante, nestas situações, que a água fique apenas para o consumo humano, por isso a Fepam tem que suspender estas licenças.

Conforme o diretor da Fundação Estadual de Proteção Ambiental, Cláudio Dilda, para que as licenças sejam canceladas é preciso que o município decrete situação de emergência. O pedido já foi encaminhado ao governo do Estado.