| 01/02/2005 16h34min
O índice de preços recebidos pelos agricultores (IPR) subiu 0,47% em janeiro de 2005, resultado 1,86 ponto percentual abaixo do registrado em dezembro de 2004. Segundo análise do pesquisador Nelson Batista Martin, do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de São Paulo, a tendência de leve alta ocorreu em função de aumento nas cotações dos produtos de origem vegetal, influenciado pelas elevadas chuvas que reduziram a oferta de vários deles na região Sudeste.
Dos 19 produtos pesquisados, nove apresentaram aumento no preço (batata, café, cana-de-açúcar, cebola, feijão, milho, soja, tomate e leite). Entre os vegetais, a alta nos preços de oito produtos, mesmo com a queda em outros cinco, gerou elevação de 4,49% no índice do grupo.
Já no segmento animal, a redução nas cotações de aves, boi, ovos e suínos, apesar do crescimento no preço do leite, gerou a variação negativa de 6,77% nos preços do grupo. O resultado final foi o aumento de 0,47% no índice geral de preços agrícolas em janeiro de 2005.
A variação acumulada do IPR nos últimos doze meses foi de 12,39%, em comparação com 11,87% do IGP-M e 6,61% (estimado) do IPC-Fipe. Assim, os preços agrícolas nos últimos 12 meses apresentam ganhos de 0,52 ponto percentual em relação ao IGP-M e de 5,78 pontos percentuais frente ao IPC-Fipe. É a primeira variação acumulada do IPR maior que a do IGP-M desde julho de 2003.
Ao analisar o índice mensal anualizado, verifica-se a expressiva recuperação do IPR a partir de outubro de 2004. No acumulado dos últimos doze meses, nove produtos apresentaram crescimento positivo no preço, dos quais sete com altas superiores a 20% (batata, café, cana-de-açúcar, cebola, tomate, leite e suínos) e dois com taxa inferior a 20%.
Em janeiro de 2005 os suínos apresentaram uma das maiores quedas de preço em função da baixa demanda devido ao período de férias e à lenta retomada das exportações. Ainda no acumulado dos últimos doze meses, a maior queda de preço foi verificada no arroz, em função da safra abundante, associada a fortes importações dos países do Mercosul, estimuladas pela valorização do Real.
As informações são do Instituto de Economia Agrícola.
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