Mais 200 mil pessoas integraram a Caminhada pela Paz, na abertura da quinta edição do Fórum Social Mundial, nesta quarta, dia 26. A marcha partiu de nove pontos diferentes e foi uma mostra da diversidade de etnias e culturas que compõem o movimento.

A bateria que dava o tom da marcha era formada por milhares de tambores, em alguns casos improvisados com o som de baquetas em latões e até em galões de plástico. Este ano, não teve a tradicional comissão de frente recheada de estrelas da esquerda mundial – Luiz Inácio Lula da Silva, José Bové, Boaventura de Souza Santos e Danielle Miterrand –, como foi em anos anteriores quando personalidades seguravam a faixa principal do Fórum e puxavam os milhares de participantes da marcha.

A frente da caminhada ficou com os tambores que soaram por quase quatro horas e centenas de integrantes da Aldeia da Paz pela Cultura, que carregavam bandeiras brancas enquanto cantavam um refrão que falava de paz no mundo, fim das fronteiras e união.

Um grupo de africanos, que carregava a faixa Fórum Social na África em 2007, deu os primeiros passos de um dos pontos iniciais da maior marcha dos movimentos sociais já realizada nos encontros de Porto Alegre. Outro de sul-coreanos – chamado de Globalization from below – também presente na caminhada, carregou bandeiras e faixas contra a guerra no Iraque. Segundo Joongyu Park, estudante de antropologia em Seul e pela terceira vez do fórum, o grupo escolheu o tema da guerra para protestar contra os interesses norte-americanos no Oriente Médio.

Até a manhã do primeiro dia do evento, 81 mil pessoas haviam se cadastrado no posto junto à Usina do Gasômetro e de 30 mil a 35 mil já ocupavam o Acampamento Intercontinental da Juventude, no Parque da Harmonia. Os dados foram revelados durante a entrevista coletiva concedida pelo Comitê Organizador Brasileiro, com a participação de integrantes do Conselho Internacional do FSM.

Com informações do FSM, Agência Brasil e Zero Hora.