O setor coureiro-calçadista poderá usar os créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na integralidade em janeiro. A prorrogação da regra vigente até dezembro foi assegurada pelo secretário do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, nesta quinta, 20. Ponte se reuniu com representantes da cadeia coureiro-calçadista e da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs).

O governo estadual editou decreto que limita a utilização dos créditos de ICMS das empresas exportadoras na compra de insumos à alíquota de cada produto adquirido (até agora, as empresas podiam usar os créditos para pagar 100% do valor das compras de máquinas, equipamentos e insumos).

Liderados pelo presidente da Fiergs, Renan Proença, os industriais da cadeia calçadista propuseram a prorrogação do uso integral dos créditos até 28 de fevereiro. Ponte garantiu que a sugestão será analisada.

O secretário receberá representantes de nove setores. Já ocorream reuniões com os segmentos de madeira e móveis, fumo e coureiro-calçadista. No dia 24, às 10h, será a vez do setor de borracha e plásticos, e, às 18h, metalúrgico e metal-mecânico. No dia 25, às 14h30min. os setores de carnes (aves, suínos e bovinos) e erva-mate e, no dia 26, às 14h, os setores de material de transportes, automotivo e máquinas agrícolas. As reuniões serão realizadas na Sedai.

A cadeia coureiro-calçadista representa, conforme o presidente da Fiergs, 25% das exportações gaúchas. Estudo apresentado ao secretário Ponte aponta que os gastos dos empregados da cadeia (o efeito-renda) e as compras dos fornecedores do setor são responsáveis pela arrecadação de 5,45% do ICMS do Estado. De acordo com o assessor econômico da Fiergs, Alexandre Barbosa, isso representou, em 2004, mais de R$ 525 milhões.

As informações são de Zero Hora e do site do governo do Estado.