| 18/01/2005 14h09min
Criado em 2001 em contraponto ao Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade suíça de Davos, o Fórum Social Mundial (FSM) chega à quinta edição como um evento consolidado. Apesar da pouca idade, o evento já reuniu aproximadamente 244 mil pessoas de todo o mundo e se acredita que possa atrair um recorde de público neste ano.
A expectativa em 2005 é superar o número de participantes dos anos anteriores, com uma estrutura própria montada à margem do Rio Guaíba, em Porto Alegre. Duas semanas antes do início da quinta edição - que ocorre entre os dias 26 e 31 de janeiro - a organização contabiliza mais de 70 mil inscritos.
Toda essa produção precisa de investimentos financeiros. Para este ano, além de patrocinadores, a prefeitura de Porto Alegre garantiu o repasse de R$ 2 milhões para serem aplicados em obras de infra-estrutura: instalação de rede óptica e internet, material receptivo, sinalização da cidade, identificação do Território Social Mundial e locação de espaços para atividades do Fórum. A estrutura física conta também com auditórios bioconstruídos (material de baixo impacto ambiental) espalhados pela orla do Guaíba, com capacidade para até 50 mil pessoas, deixando para trás a concentração em um único espaço como ocorreu nas outras oportunidades.
Se na teoria o FSM é contrário ao lucro, na prática acaba sendo um bom negócio. As cidades que já serviram de sede - Porto Alegre, por três vezes, e Mumbai, na Índia, no ano passado - os participantes movimentaram cerca de R$ 50 milhões em cada edição. Os valores foram destinados a gastos principalmente com hotéis, restaurantes, transporte e comércio em geral. Na capital gaúcha, no período do Fórum, a rede hoteleira registra ocupação média de 90%, e os taxistas comemoram um aumento de 300% no movimento de clientes.
HECTOR WERLANGGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2024 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.