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O governador Germano Rigotto considerou positiva a reunião de governadores e lideranças do PMDB, realizada nesta sexta, dia 5, em São Paulo, onde ficaram decididas a adoção de uma postura de independência do partido e a elaboração de um grande projeto nacional para o país. O encontro, no Hotel Jaraguá, foi uma preparação para a reunião que ocorrerá na próxima quarta-feira (10), em Brasília, entre governadores, senadores, deputados, presidentes estaduais e demais lideranças nacionais da sigla.
– A independência do PMDB significa mais força para que o partido tenha possibilidade de discutir as bandeiras que vão fazer parte de um plano para o país, nascido não no ambiente da cúpula partidária, mas da participação das bases – sustentou o governador gaúcho.
Para Rigotto, o mais importante é que o partido seguirá trabalhando para manter a governabilidade e exercendo seu papel na defesa dos projetos essenciais para o Brasil.
– A opção que vamos discutir, de deixarmos os cargos atualmente assumidos por peemedebistas no governo federal, não sinalizará nenhum sentimento de oposição, mas de uma discussão crítica sobre a condução das políticas públicas nacionais – argumentou.
Na avaliação de Rigotto, o PMDB deve participar ativamente dos debates sobre questões cruciais para a vida da nação.
– O partido poderá, por exemplo, assumir a mobilização nacional em torno de temas que precisam ser acelerados para ampliar o desenvolvimento do país, como a conclusão do projeto de reforma tributária real, que está parado no Congresso, ou mesmo a votação do programa de Parcerias Público-Privada – disse.
Ele enfatizou que o apoio crítico é um caminho que virá auxiliar o governo, mas sem que isso represente movimento oposicionista.
– Temos uma missão: recuperar diretrizes que fizeram o PMDB crescer e conquistar respeitabilidade junto à população, sem estar a reboque de outras siglas, mas tendo um projeto que represente os ideais peemedebistas aos brasileiros – destacou. – Devemos ficar em posição de independência do governo federal, mas não falamos em oposição. O PMDB quer ter uma proposta para a economia e buscar um projeto próprio para a presidência em 2006 – disse Temer.
De acordo com Rigotto, uma das medidas definidas no encontro de São Paulo foi a retomada da discussão sobre a possível alteração da sigla, voltando ao antigo MDB.
– A decisão por uma candidatura própria à Presidência da República, em 2006, seria apenas uma conseqüência desse trabalho de formatação de um programa partidário direcionado a todos os segmentos sociais – explicou.
Rigotto disse também estar confiante na confirmação das posições sacramentadas na reunião desta sexta quando passarem pelo referendo, na próxima semana.
– O presidente Michel Temer está conduzindo esta ação de forma serena e transparente, mostrando que a força do PMDB é ainda maior que os mais de 15 milhões de votos obtidos nas últimas eleições municipais, nas quais o partido foi o grande vencedor, conquistando o maior número de prefeituras em todo o país, inclusive no Rio Grande do Sul – afirmou.
Participaram também do encontro os governadores do Paraná, Roberto Requião, do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, e do Distrito Federal, Joaquim Roriz, o governador em exercício de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, e o presidente do PMDB em São Paulo, o ex-governador Orestes Quércia.
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