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A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec) entrou, nesta segunda, dia 11, com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A tentativa é acabar com o impasse nas negociações salariais entre bancários e bancos.
Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, as audiências de conciliação com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal já foram marcadas para a próxima quarta, dia 13. Na falta de acordo, o TST vai então decidir o percentual de reajuste dos funcionários dos bancos oficiais. O tribunal deve levar entre 10 e 15 dias para decidir sobre o reajuste.
Segundo o presidente da Contec, Lourenço do Prado, os trabalhadores dos bancos privados ficaram de fora porque a entidade não pode negociar em nome deles. Qualquer medida nesse sentido terá que partir dos sindicatos nos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT).
Contrário à intervenção da Justiça, o presidente da Confederação Nacional dos Bancários (CNB), ligada à CUT, Vagner Freitas, disse que a medida é um retrocesso e que vai rachar o movimento ainda mais.
– Acho que a decisão foi precipitada, tomada em momento do desespero e que só fortalece os patrões – disse Freitas.
A decisão da Contec foi motivada pela decisão dos bancários do Distrito Federal no último domingo a favor do dissídio. Na semana passada, trabalhadores do Rio de Janeiro, São Luís e Rio Branco também votaram pela ação judicial. Foram contra as assembléias de Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte, além de outras capitais.
A greve dos bancários completou 28 dias nesta segunda, sem previsão de acordo entre trabalhadores e banqueiros. A proposta dos banqueiros prevê reajuste que varia entre 8,5% a 12,77% e os bancários reivindicam 19%.
As informações são do Globo Online.
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