Santa Catarina perde US$ 2,5 milhões por dia com o embargo russo à carne produzida no Estado. A suspensão da compra de carnes pela Rússia foi anunciada na sexta-feira, dia 18, por causa de um foco de aftosa no Pará.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), Jose Zeferino Pedrozo, afirma que as agroindústrias catarinenses embarcam mensalmente 20 mil toneladas somente de carne suína, o que representam US$ 30 milhões por mês ou US$ 1 milhão por dia.

No setor de frangos, o médico veterinário do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), Jurandi Machado, estima o embarque diário de US$ 1,5 milhão.

A Rússia é o principal mercado de carne suína do Brasil, responsável por 63% das exportações em 2003 (313 mil toneladas) e um importante comprador de carne de frango, com 10% do volume embarcado (200 mil toneladas).

Nesta segunda-feira, dia 21, o Ministério da Agricultura enviou relatório para a Rússia esclarecendo a situação da aftosa no Brasil. O secretário da Agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, informou que o chefe do departamento veterinário da Rússia, Ievgueni Nepoklonov, prometeu para esta terça-feira uma posição sobre o relatório.

Santa Catarina cumpre o acordo para exportação, que é de não ter focos no Estado exportador há dois anos e, nos Estados vizinhos, há um ano. Santa Catarina não registra um foco de aftosa há 12 anos e o último foco, no Rio Grande do Sul, ocorreu há cerca de três anos.

As informações são do Diário Catarinense.