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Lula vai atuar pessoalmente para unir partidos da base

Palácio do Planalto pediu coesão dos partidos de sustentação

O governo cobrou nesta terça, dia 11, coesão dos partidos da base aliada, para evitar novos constrangimentos após a derrota sofrida no Senado na semana passada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu em reunião com líderes das legendas a se envolver pessoalmente nesta tarefa. Lula reuniu-se por cerca de duas horas nesta manhã com os líderes dos partidos da base aliada no Senado (PPS, PMDB, PTB, PSB e PT), além dos ministros José Dirceu (Casa Civil) e Aldo Rebelo (Coordenação Política).

– O governo está convencido da necessidade de aproximação com a base – disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), uma das participantes da reunião.

Ela foi mais longe ao declarar:

– Foi feita uma avaliação de que há muito tempo estávamos vivendo uma queda de braço no Senado – afirmou.

Na semana passada, o Senado derrubou a medida provisória que proibia o funcionamento dos bingos. A derrota é creditada à ausência de quatro senadores petistas que estavam em viagem e às disputas pela reeleição da direção do Senado entre os peemedebistas José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL).

Lula se dispôs a conversar com os senadores, inclusive os da oposição.

– Não tenho problemas em conversar com senadores de oposição – disse o presidente, segundo os presentes.

– Lula quer consolidar a base de apoio para aparar as dificuldades que estão surgindo – afirmou o senador João Capiberibe (PSB-AP), líder do partido no Senado, que também participou da reunião.

O presidente pediu ao ministro Aldo Rebelo que produza um mapeamento do que é necessário fazer para conseguir coesão da base. A situação no Senado é mais delicada, uma vez os aliados na Câmara têm mostrado mais coesão na aprovação de medidas importantes para o governo.

Aos líderes presentes, o presidente reclamou dos senadores que não participaram da votação da medida provisória e que estavam no Congresso, como foi o caso do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL), e outros ligados a José Sarney, como sua filha, Roseana Sarney (PFL-MA).

– (O presidente Lula manifestou) descontentamento com aqueles que estavam presentes e não compareceram para votar e com aqueles (senadores aliados) presentes que votaram contra – disse Capiberibe.

Na mesma linha, o líder do governo na Casa, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), argumentou que Lula ``acha que tem de estar bastante atento à sua base.''

O presidente também deu ênfase na conversa à medida provisória que fixa o salário mínimo em R$ 260 e que começou a ser discutida nesta terça em comissão mista do Congresso, além dos projetos da lei de falências, da lei de biossegurança e das parcerias público-privadas.

As informações são da agência Reuters.


 

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