| 22/04/2004 18h48min
Cumprindo decisão da Justiça de Canoas, que transformou um interdito proibitório em reintegração de posse, os cerca de 600 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deixaram pacificamente na tarde desta quinta, dia 22, uma área de 1,7 hectares localizada em Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre.
Os sem terra invadiram a propriedade na manhã desta quinta, na quarta invasão promovida pelo MST neste mês, depois que o movimento anunciou o chamado "abril vermelho" - série de ações para marcar a luta pela terra. Os donos da terra já haviam entrado com o recurso de interdito proibitório na Justiça no início do mês.
Durante a tarde, o secretário estadual da Reforma Agrária, Vulmar Leite, e o superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi, estiveram reunidos por mais de uma hora com os líderes dos sem-terra. O MST pediu maior prazo para se retirar da área. Depois da reunião, os representantes do Incra e do governo estadual tentaram negociar com a Justiça de Canoas um novo prazo para a desocupação.
Cerca de 150 policiais militares foram destacados para cumprir a medida judicial. Membros do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), do Batalhão de Operações Especiais (BOE) com cães e da polícia montada fizeram parte do efetivo. No final da tarde, seis oficiais de Justiça foram comunicar o interdito proibitório aos líderes do movimento, que os receberam armados com foices, facões e porretes. O comandante da Brigada Militar, coronel Ariovaldo Mariano, afirmou que se os sem-terra não deixassem o local até as 17h20min, os policiais fariam com que a decisão judicial fosse cumprida. A ação não foi necessária e, por volta das 17h30min os sem-terra começavam a deixar o local.
Alguns integrantes do grupo devem acampar às margens da BR-386, enquanto outros voltam a suas áreas de origem como Pantano Grande e Eldorado do Sul.
Com
informações da Rádio Gaúcha
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