O dólar comercial abriu a manhã desta quarta, dia 14, em alta de 0,24%, cotado a R$ 2,898 na compra e R$ 2,900 na venda. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para liquidação em maio está em R$ 2,917, com alta de 0,18%. O mercado financeiro deve trabalhar em compasso de espera hoje, dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá qual será a taxa básica de juros para os próximos 30 dias. Segundo levantamento feito na semana passada pelo Banco Central, o mercado espera que o Copom anuncie um corte de 0,25 ponto percentual na Selic, hoje de 16,25% ao ano.

Na reunião iniciada nessa terça, dia 13, foram analisados os principais indicadores econômicos, especialmente os de inflação. Mas independentemente da decisão, o setor produtivo já tem a garantia do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de que há espaço para reduzir a parcela sobre os depósitos a prazo que os bancos recolhem ao BC, os compulsórios.

Uma nova queda em março nos juros de comércio, cartão de crédito e cheque especial levaram essas taxas ao menor nível desde janeiro de 1995, quando passou a ser feita a pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Mas o custo das linhas de crédito direto ao consumidor e de empréstimo pessoal dos bancos e financeiras subiu em março, apesar do corte de 0,25 ponto percentual na Selic.

Divulgada nessa terça pela Anefac, a pesquisa detectou que, na média de todas as linhas, as taxas para pessoas físicas subiram 0,39% e as de empresas caíram 1,97%.

O mercado de câmbio pode exercer alguma pressão sobre o dólar no período da manhã, devido à proximidade do vencimento de uma dívida pública de US$ 862 milhões. Quanto maior a média das cotações do dólar de hoje, maior a rentabilidade dos credores do BC, que vão resgatar seus recursos amanhã. A dívida é considerada pequena, e os analistas não acreditam em uma pressão muito forte sobre o dólar.

Com informações do Globo Online e do jornal Zero Hora.