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A principal ação do governo para reduzir os transtornos nos aeroportos e em outros serviços está sendo contestada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
A entidade ingressou ontem com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a portaria do governo que autoriza funcionários da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) a assumirem a identificação de passageiros durante a greve dos agentes.
Também o Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) divulgou nota repudiando a medida. Segundo o documento, não está disposto a ser %26quot;fura-greve%26quot; de outra categoria.
No 17º dia de greve na Polícia Federal, a operação padrão realizada pelos agentes provocou filas e atrasos em vôos nos principais aeroportos do país. Em Porto Alegre, não foram registrados atrasos nas decolagens, mas os passageiros enfrentaram filas no saguão do aeroporto Salgado Filho.
Sindicato reprova uso de delegados nas tarefas
No aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, delegados da Polícia Federal voltaram a assumir os postos dos agentes nos aeroportos. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul, Marcos Wink, se a medida for seguida pelos delegados gaúchos, nem mesmo a operação padrão será mantida.
- Aí eles terão de assumir também os postos na fronteira e nos portos, pois vamos cruzar os braços mesmo - ameaçou.
Segundo Wink, além da operação padrão, os agentes estão atendendo apenas a casos de emergência, como a emissão de passaporte para quem comprovar compromissos urgentes no Exterior e a renovação dos registros de estrangeiros.
Os policiais federais reivindicam o pagamento de salário equivalente à escolaridade de nível superior para as categorias em greve, com base na Lei 9.266/96, que tornou obrigatório o terceiro grau para ingressar na PF. O Ministério da Justiça sustenta que não há base jurídica para o pleito e ofereceu, na
última terça-feira, 10% de reajuste aos
grevistas, mas a proposta foi rejeitada.
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