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Em 2004, a produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas do Brasil deve alcançar 130,451 milhões de toneladas e ficar 5,90% acima das 123,181 milhões de toneladas obtidas em 2003. Os dados são da segunda estimativa nacional da produção agrícola, realizada em fevereiro deste ano. Em relação à estimativa de janeiro (132,969 milhões de toneladas), houve uma retração de 1,89%.
Tal retração, equivalente a 2 milhões de toneladas de grãos, deve-se ao clima adverso em vários pólos produtores do país, destacando-se Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde a soja teve quebras relevantes, castigada por estiagens prolongadas durante estágios fisiológicos importantes, como floração, formação de vagens e enchimento de grãos (granação).
No Rio Grande do Sul, a soja também vem sofrendo com estiagens prolongadas e quebra de produtividade. As previsões de março irão computar esses prejuízos. Em Mato Grosso, as quebras não foram causadas por estiagens, mas pelo excesso de chuvas durante a colheita da safra precoce, que impediu o trabalho das máquinas colheitadeiras.
Quanto ao milho da 2ª safra, somente Bahia e Paraná já dispõem de estimativas. No Paraná, maior produtor nacional, onde a forte estiagem na região Oeste atrasou o início do plantio, aguarda-se uma produção de 5,5 milhões de toneladas, com queda de 4,59%.
A região Nordeste responderá por 7,87% da produção total – um aumento de 27,47% em relação a 2003. Norte, Sudeste e Centro-Oeste serão responsáveis, respectivamente, por 2,40%, 13,30% e 32,02%, apresentando, na mesma ordem, acréscimos de 17,33%, 6,17% e 11,16%, em relação a safra de grãos de 2003. A região Sul, com participação de 44,40%, apresenta queda de 1,04% em relação à última safra.
No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro, destacaram-se as variações nas estimativas de produção, em relação a janeiro, de quatro produtos: arroz em casca (1,60%), feijão em grão 1ª safra (-8,94%), feijão em grão 2ª safra (5,09%) e soja (-3,43%).
As variações observadas na produção de arroz, em fevereiro, devem-se às novas informações dos Estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, onde a cultura apresenta acréscimos de 5,81% e 22,47%, respectivamente. Em ambos os Estados, os preços praticados em 2003, aliados às condições climáticas favoráveis naquela safra, contribuíram para o aumento de produção do arroz.
Para o feijão 1ª safra, a queda de 8,94% deve-se às quedas na Bahia (-33,79%) e em Minas Gerais (-11,08%). Com a estiagem muito severa, houve atraso no plantio e, até mesmo, desistência de alguns produtores em plantar o feijão das águas.
No caso do feijão 2ª safra, o aumento de 5,09% deve-se ao desempenho satisfatório de vários estados nordestinos, onde o clima, até o momento, tem sido favorável. Na Região Nordeste, o aumento foi de 22,44%, redundando numa produção de cerca de 473 mil toneladas.
A queda observada na previsão para a soja (-3,43%), tem como justificativa mais evidente o clima desfavorável em vários Estados, destacando-se Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com quedas de 6,61%, 3,19%, 4,84% e 13,44%, respectivamente.
Em relação a 2003, espera-se aumentos na produção de algodão herbáceo (35,19%), arroz em casca (21,64%), feijão em grão 1ª safra (9,30%), feijão em grão 2ª safra (5,89%), e soja (10,47%). Espera-se quedas para milho em grão 1ª safra (-2,28%), milho em grão 2ª safra (-2,11%) e sorgo (-0,55%).
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