A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando uma quadrilha de receptadores de cargas de herbicidas com origem de São Paulo. Dez pessoas foram presas na noite desta terça, dia 23, em São Borja, na Fronteira Oeste, com uma carga de agrotóxicos roubada avaliada em R$ 375 mil. Os suspeitos – três paulistas e sete gaúchos – prestaram depoimento durante toda a madrugada, e entre os detidos está um ex-delegado de polícia e advogado em Pelotas.

Parte da carga foi aprendida no final da tarde de terça num caminhão com placas de Pelotas às margens da BR-287 pela Polícia Rodoviária Federal. A Polícia Civil e a Brigada Militar fizeram diligências em São Borja e encontraram mais carga em outros quatro veículos, somando 177 caixas de agrotóxico nas duas apreensões. A Polícia Civil de Pelotas foi acionada, fez diligências durante a noite e apreendeu numa empresa mais 103 caixas do herbicida roubado. Os produtos foram levados para a Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec).

Conforme o delegado titular da Delegacia de Polícia de São Borja, Sandro Luiz Meinerz, seis testemunhas ainda devem ser ouvidas, e os trabalhos devem se estender por toda a manhã desta quarta. Os criminosos devem ser indiciados por receptação e formação de quadrilha e encaminhados ao presídio estadual da cidade. De acordo com Meinerz, os produtos apreendidos somam cerca de 2,2 mil litros de herbicida e fariam parte de carga roubada em 16 de fevereiro em Paulínia, interior paulista. Na ocasião, 18 homens fortemente armados com fuzis e metralhadoras roubaram cinco caminhões com agrotóxicos de uma empresa. A carga total é avaliada em R$ 4,5 milhões.

Uma equipe de policiais paulistas deve chegar a São Borja nos próximos dias para participar das investigações. A Polícia Civil gaúcha acredita que o centro de distribuição no Rio Grande do Sul da carga roubada seja a partir de Pelotas.

Com informações da Rádio Gaúcha.