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A retomada da Operação Padrão da Polícia Federal (PF) provocou transtornos aos passageiros de vôos domésticos e internacionais, no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, no final da tarde de ontem. Desde as 18h, mais de 200 pessoas, divididas em duas longas filas, aguardavam na entrada do portão de embarque para ser fiscalizadas pela agentes. O tempo médio de espera era de uma hora.
A maioria dos passageiros de vôos domésticos tinha compromissos de trabalho agendados no Rio ou em São Paulo. Enquanto alguns não conseguiam controlar a irritação e resmungavam indignados contra o movimento da PF, outros liam revistas e falavam no celular para passar o tempo.
O representante comercial Carlos Santos, 43 anos, já havia amargado três horas de fila na semana passada para embarcar num vôo internacional no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ontem, às 18h20min, ele estava em situação semelhante. Passageiro do vôo 8720 da Varig, com destino a Amsterdã, Santos ficou mais de
uma hora na fila.
- Pego esse vôo para ir a São Paulo com freqüência e nunca havia visto uma fila tão longa no Salgado Filho - afirmou Santos.
A família do aeroviário Virlei Gonçalves, 51 anos, adiantou-se para estar entre os primeiros da fila de embarque. Com saída marcada para 19h20min, eles chegaram ao aeroporto antes da 17h. Mesmo assim, esperaram mais de 40 minutos pela fiscalização. Passageiro do mesmo vôo da Varig, Gonçalves estava a caminho de Amsterdã, onde passará as férias com a mulher Inês e a filha Janaína.
- Minha filha estava com o passaporte vencido. Conseguimos renová-lo porque compramos a passagem em fevereiro, antes do início greve - falou.
A movimentação na noite de ontem diminuiu a partir das 20h30min. Desde ontem, todos os passageiros em trânsito dentro do país estão sendo fiscalizados nas saídas, quando são conferidos o cartão de embarque, a carteira de identidade e a fotografia de cada passageiro.
O transtorno se repetiu
em maior escala nos aeroportos de Guarulhos, em
São Paulo, e no Galeão, no Rio. Os policiais grevistas afirmam que não darão outra trégua ao governo.
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