| 05/03/2004 21h23min
A Defesa Civil de Santa Catarina está formando um grupo para analisar as perdas em cada um dos 55 municípios que, até esta sexta, dia 5, decretaram situação de emergência devido às fortes chuvas ou por causa da estiagem.
A seca já causou prejuízos de R$ 128 milhões nas lavouras de soja, milho e feijão do Estado. O cálculo foi feito pelo Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Icepa), baseado na estimativa inicial de produção.
A previsão inicial de impacto da seca na produtividade das lavouras é de uma quebra de 6% na safra de milho, o que representa, em quantidade, 253 mil toneladas e, em valor, R$ 68 milhões.
No feijão, a perda é de 35 mil toneladas, o que equivale a R$ 35 milhões e a cerca de 20% de toda a safra. Nas lavouras de soja, a redução prevista é de 4%, o que significa 33 mil toneladas e R$ 25 milhões.
O agrônomo Simão Brugnago Neto, do Icepa, disse que os números são dados preliminares e podem ter alguma alteração. Além da safrinha de grãos na região oeste do Estado, lavouras de milho de Campos Novos e de Curitibanos estão em fase de formação de grão, quando a falta de chuva é mais prejudicial.
Além disso, ainda não foram computadas as perdas com a produção de leite, que, segundo o agrônomo, também foi afetada. Neto informou ainda que algumas lavouras de arroz foram prejudicadas pela chuva de granizo, mas apenas em áreas localizadas.
Para o secretário da Agricultura do Estado, Moacir Sopelsa, a estiagem causa um prejuízo alto para o Estado e o governo tem uma estrutura frágil para combater o problema.
Mesmo assim, Sopelsa destacou que estão sendo articuladas ações em conjunto com a Defesa Civil e a Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
O secretário disse também que, em algumas regiões, não chove desde o Natal. Sopelsa acena até com a possibilidade de prorrogar financiamentos de agricultores atingidos pela seca. Reiterou a necessidade de buscar um seguro agrícola em parceria com o governo federal para tranqüilizar os produtores.
As informações são do Diário Catarinense.
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