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Um pedido de prorrogação do prazo de pagamento dos financiamentos de soja, milho e leite para os agricultores familiares atingidos pela estiagem foi uma das principais deliberações da reunião realizada nesta quinta-feira, dia 4, pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag). O encontro realizado no município de São Luiz Gonzaga contou com a participação de 101 dirigentes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais em 110 municípios.
A não-cobrança de royalties para os pequenos agricultores foi outra proposta que saiu do encontro. O presidente da Fetag, Ezídio Pinheiro, exemplificou a gravidade da situação mostrando os levantamentos realizados pelos sindicatos.
Mais de 2 milhões de toneladas da oleaginosa já foram perdidas – o equivalente a 25% da produção. A soja está com uma quebra de 45%, no milho safrinha, as perdas alcançam 65%, no feijão, 56% e no leite são 38%. Nas demais atividades, a média gira em torno de 20%.
– A situação é muito delicada. Nós orientamos os sindicatos cujos municípios ainda não decretaram estado de emergência que discutam tal possibilidade com as prefeituras, caso contrário poderão ficar fora de ajudas oficiais – alertou Pinheiro.
Na próxima semana deverão ser realizadas audiências com os governos estadual e federal para oficializar os pedidos de maior prazo nos financiamentos. No dia 25 de março haverá nova reunião, desta vez em Santo Ângelo, para reavaliar a situação da estiagem.
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