| 03/03/2004 07h39min
Os partidos PP e PDT devem encabeçar um novo requerimento para a instalação, na Assembléia Legislativa, de uma CPI destinada a investigar a exploração de jogos de azar no Estado e a possível ligação do setor com doações para campanhas eleitorais. Se aprovada, a comissão deve representar uma continuação da CPI da Segurança Pública, instalada em 2001. Uma reunião na manhã de desta quarta, dia 3, deve selar o acordo entre as duas bancadas que garantem 17 das 19 assinaturas necessárias para a abertura do processo.
Na terça, dia 2, os sete deputados trabalhistas se declaravam favoráveis a apoiar inclusive o atual requerimento de CPI, de autoria do deputado Marlon Santos (PFL). Três deputados do PP – Leila Fetter, Jerônimo Goergen e Vilson Covatti – também apóiam a CPI proposta por Santos, sendo que os dois primeiros já assinaram o documento. O restante da bancada do PP – sete deputados – deve fechar questão nesta quata em torno do novo requerimento. PP e PDT ficariam, respectivamente, com a presidência e a relatoria da comissão.
– O deputado Marlon Santos foi ao plenário declarar que não quer ser presidente nem relator dessa CPI. Com essa posição abre-se a possibilidade de um novo requerimento – avaliou o líder do PDT, Giovani Cherini.
Cherini argumenta que o pedido de Santos deve ser atualizado com as denúncias feitas pelo ex-presidente da Loteria do Estado do Rio Grande do Sul (Lotergs), José Vicente Brizola.
O líder do PMDB na Assembléia, deputado Fernando Zachia, comunicou à imprensa, no final da tarde desta terça que o partido não vai apoiar a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Em entrevista à revista Veja e em depoimento na segunda-feira aos Ministérios Público Estadual e Federal, José Vicente afirmou que teria sido forçado a recolher doações de empresários de jogos para um suposto caixa da campanha à reeleição de Emília Fernandes (PT) ao Senado. A ex-senadora nega a acusação.
As informações são do jornal Zero Hora.
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