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 | 17/02/2004 22h14min

Vieira da Cunha quer a suspensão do mandato de Ronaldo Zülke

Presidente da Assembléia sentiu-se ofendido pelas declarações do petista contra a CPI da Segurança Pública

O Parlamento gaúcho acabou sendo atingido pelo debate em torno do que seria a conexão no Estado da rede envolvendo as loterias eletrônicas do Rio de Janeiro, o bicheiro carioca Carlos Cachoeira e a Lotergs. Com isso em mente, o presidente da Assembléia Legislativa do Estado, deputado Vieira da Cunha, afirmou o desejo de fazer o cruzamento dos nomes dos envolvidos na CPI da Segurança Pública no Rio Grande do Sul, feita em 2001, com as recentes denúncias feitas em Brasília.

O anúncio desta intenção causou polêmica na Assembléia Legislativa. Nesta terça, dia 17, Vieira da Cunha pediu a suspensão por 180 dias do mandato do deputado Ronaldo Zülke (PT), por entender que o petista desrespeitou e ofendeu a Assembléia Legislativa ao chamar de "palhaçada" a CPI feita em 2001.

Zülke diz que há interesse eleitoreiro por trás da investigação. Nesta terça, o deputado petista tornou a classificar a CPI realizada em 2001 como "palhaçada", já que ela teria sido instaurada para discutir assuntos relevantes à segurança pública do Estado e passou oito meses acusando o governo do PT de coisas que não foram confirmadas pelo poder judiciário ou pelo Ministério Público.

– É lamentável que ele utilize dessa condição de presidente para fazer isso, em primeiro lugar. – disse Zülke, sobre a atitude de Vieira da Cunha.

O presidente da Assembléia, por sua vez, se disse ofendido pela declaração. Vieira da Cunha, que foi o relator da CPI realizada em 2001, lembrou que o relatório final foi aprovado por ampla maioria, fazendo com que o trabalho se tornasse representativo de toda a casa, e não apenas de um deputado em particular. Desta forma, segundo Vieira da Cunha, a Assembléia foi prejudicada pelas declarações.

– Se aqui tem algum palhaço, este palhaço não sou eu – rebateu.

O presidente da Comissão de Ética, deputado Manoel Maria (PTB), disse que, por enquanto, ainda não há uma posição sobre o assunto. Um resultado deverá ser encaminhado a um relator em 15 dias, para que a matéria seja posta em votação pelos 11 deputados que compõem a Comissão. Depois disso, o processo poderá ser arquivado ou então aprovado, o que resultaria na aplicação da suspensão do mandato.

Com informações da Rádio Gaúcha.


 

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