O dólar comercial abriu esta quarta, dia 17, em alta de 0,44%, cotado a R$ 2,940 na compra e R$ 2,950 na venda. O segundo dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Monetária) é a principal expectativa do mercado financeiro, e entre investidores e analistas a maioria das apostas é de um corte de um ponto percentual na taxa Selic, atualmente em 17,50% ao ano.

A decisão do Copom será anunciada apenas no final da tarde, o que deverá imprimir um ritmo de compasso de espera nos negócios. No mercado de câmbio, as atenções nesta manhã devem se voltar à chamada formação da Ptax. A Ptax é uma taxa média do dólar, ponderada pelo volume de negócios, divulgada diariamente. A taxa de hoje será referência para remunerar uma dívida pública de US$ 1,2 bilhão que vence nesta quinta.

O Banco Central (BC) não renegociou nada da dívida e amanhã pagará o vencimento integralmente. Com isso, os credores do BC tentarão pressionar o dólar para garantir melhor remuneração da dívida. Essa pressão deverá ser pontual, concentrada mais no período da manhã, quando ocorre o maior volume de negócios.

O mercado futuro de juros deve ter oscilações menores durante o dia, mas ainda indicando a aposta em um corte de pelo menos um ponto na Selic. Na terça o juro projetado para dezembro fechou em 16,32% ao ano.

Apesar dos sucessivos cortes na Selic desde maio, o consumidor ainda não sentiu todo o efeito da redução do juro. Pesquisa divulgada nesta terça pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que em novembro, a taxa média cobrada pelas financeiras, em termos anuais, aumentou 12,51 pontos percentuais em relação a outubro. Também subiram os custos do cartão de crédito rotativo e linhas de crédito direto ao consumidor nos bancos.

Com informações da Globo Online.