Os 10 países membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da Comunidade Andina firmaram nesta terça, dia 16, um acordo para formar uma área de livre comércio em 10 anos, que poderá ajudar a unificar a América Latina em negociações comerciais globais. O pacto foi assinado pelos chanceleres dos 10 países. A lista dos produtos que serão incluídos no acordo será divulgada nos próximos meses.

– Assinamos todos os acordos, ficaram dois anexos (sem assinar), mas isso é natural, ficaram algumas coisas para se determinar em alguns meses, é que não estava nas expectativas encerrar toda a lista de produtos aqui – afirmou o chanceler brasileiro Celso Amorim.

O pacto entre os dois blocos, realizado após meses de negociações, contempla um prazo máximo de 15 anos para a isenção das taxas sobre os produtos "sensíveis", como os agrícolas e industriais. A maioria dos itens, porém, ganhará isenção em 10 anos. No ano passado, os países da Comunidade Andina exportaram ao Mercosul US$ 1,3 bilhão. O Mercosul, por sua vez, exportou US$ 3,96 bilhões aos países andinos.

– O Mercosul mais forte é uma chance maior que temos de fazer mais acordos com outros blocos comerciais. Quanto mais coesão tivermos mais peso teremos nas negociações –  disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro semestral de presidentes do Mercosul.

O presidente pediu aos colegas para não perderem de vista a necessidade de continuar conquistando mercados em outros continentes.

– O aumento do intercâmbio entre os países da América do Sul e outros países de outros continentes aumentando nossas exportações certamente vai fazer a economia ter uma contribuição para o crescimento –  comentou Lula.

O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, com Chile e Bolívia como associados. A Comunidade Andina reúne Bolívia, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela.

Com informações da Agência Reuters.