| 24/11/2003 23h13min
O senador petista Paulo Paim voltou a colocar seu voto sobre a reforma da Previdência em cima do muro e diz que vai negociar até o "último minuto'' para obter alterações no texto.
– A priori voto contra. Até amanhã de manhã tudo pode ser discutido – disse Paim nesta segunda, dia 24.
Na terça, dia 25, pela manhã, antes do início da votação do texto no plenário do Senado, o líder do governo na Casa, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o presidente do PT, José Genoino, tentarão convencer Paim a votar a favor da proposta.
A senadora Heloísa Helena (AL) é outra petista que se nega a dar o aval à matéria, mas desde o início da tramitação da reforma no Senado seu voto já é descontado da contabilidade do governo para ganhar a batalha em plenário. Além de Paim e Helena, há mais 12 senadores petistas.
Na semana passada, Paim havia amenizado o discurso contra o texto quando o governo acenou com a possibilidade de editar uma medida provisória contemplando parte das reivindicações do senador, como a questão da paridade de reajustes salariais entre servidores ativos e inativos. O argumento do Paim é de que, depois de aprovado o texto básico, não haverá oportunidade de se votar outras matérias polêmicas como a taxação dos aposentados.
De acordo com o regimento do Senado, para haver uma votação de destaques e emendas em plenário é necessário aprovar antes, por maioria simples, um requerimento autorizando o destaque. Mas se o governo tem dificuldades para conseguir três quintos dos votos para aprovar a reforma, ele tem maioria simples para disputas regimentais.
– O que andam dizendo por aqui é que não vai ter destaque... Se eu sou contra alguns pontos e não vou poder destacá-los, como é que posso decidir meu voto? – perguntou.
As informações são da agência Reuters.
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