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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta segunda, dia 27, na abertura do 22º Congresso da Internacional Socialista, um discurso em que pediu a união das diversas tendências políticas, "a convivência na adversidade" como ele definiu, com o objetivo de enfrentar os principais problemas da humanidade, desde o terrorismo até a criminalidade. Para o presidente, "ninguém precisa torcer pelo mesmo time de futebol", mas é preciso que todos lutem juntos para superar os principais desafios do mundo.
– Um outro mundo é possível, a tarefa de construir não pode ser de uma corrente, de uma pessoa. O passado do socialismo nos deixou esse ensinamento. Somos capazes de vencer quando deixamos de lado nossas divergências menores. Na derrota do socialismo, sempre a desunião ocupou um lugar importante, na vitória, a união foi fundamental – afirmou Lula.
Lula, que completa 58 anos nesta segunda e um ano da sua eleição, afirmou que espera que as lideranças socialistas possam contribuir na renovação de um projeto socialista democrático. De acordo com o presidente, a vitória do PT nas últimas eleições foi a "culminação" de um movimento de massa que soube juntar o que existia de mais organizado na sociedade brasileira, dos sindicatos, igrejas às organizações não-governamentais.
Ele afirmou também que o PT manteve um "fértil diálogo" com os integrantes da Internacional Socialista nos 23 anos de existência do partido, apesar de a legenda não ser filiada à entidade. Segundo ele, os fundadores do PT refletiram muito sobre as diretrizes da Internacional, quando criaram o partido. No entanto, segundo Lula, a sigla pertence a outra geração.
– Refletimos criticamente sobre muitos paradigmas teóricos que recebemos. Sem cair no pragmatismo, procuramos criar um movimento que fosse capaz de enfrentar de forma criativa, não-dogmática, nos principais desafios do nosso país – acrescentou Lula, lembrando que o principal deles é enfrentar as "enormes desigualdades sociais".
O presidente disse ainda que a política externa brasileira está voltada para a criação de novas relações internacionais, que resultem num mundo mais solidário, menos desigual e mais democrático. Ele voltou a criticar as economias que pregam o livre comércio mas praticam protecionismo e lembrou que são gastos mais de US$ 1 bilhão por dia para proteger setores ineficientes destas economias.
Lula afirmou que tem procurado desenvolver uma agenda positiva nos organismos internacionais e defendeu a reconstrução da Organização das Nações Unidas (ONU), que precisa ser reformada para construir a paz no mundo com respeito ao direito internacional.
As informações são da Globo News.
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