| 10/10/2003 13h30min
O ministro Nilmário Miranda, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, afirmou nesta sexta, dia 10, que a cúpula do governo da Bahia foi omissa na atuação contra de grupos de extermínio no Estado. Nesta quinta, dia 9, foi assassinada uma segunda testemunha ouvida pela relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para Execuções Sumárias, Asma Jahangir. O borracheiro Jerson de Jesus Bispo, que esteve com a relatora em 20 de setembro, foi morto a tiros em Santo Antônio de Jesus, a 150 quilômetros de Salvador.
De acordo com o ministro, as autoridades baianas já tinham conhecimento da ação desses grupos na região e não tomaram providências para prender os acusados, identificados por testemunhas ouvidas pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Secretaria de Direitos Humanos. Segundo Nilmário, ocorreram 42 execuções sumárias só no município de Santo Antônio de Jesus. O Conselho enviou um relatório com a denúncia ao governo do Estado que, conforme o ministro, limitou-se a colocar dois policiais para proteger outra testemunha ameaçada – a presidente do fórum de Direitos Humanos do município, Ana Maria dos Santos – no trajeto de casa para o trabalho.
Nilmário Miranda participa durante todo o dia de encontro com o presidentes das comissões dos Direitos Humanos das assembléias legislativas de todo o país, no Ministério da Justiça.
As informações são da Agência Brasil.
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