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Árabes acreditam que veto dos EUA incentivará ação de extremistas

Os árabes manifestaram nesta quarta, dia 17, que o veto dos Estados Unidos a uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que buscava proteger o presidente palestino, Yasser Arafat, vai alimentar o extremismo e a violência no Oriente Médio.

– Se continuar esse tipo de política, o que ocorreu em 11 de setembro será uma parte muito pequena do que eles (os EUA) vão enfrentar no futuro – afirmou Taha Abdel Aleem, analista do Centro de Estudos Políticos e Estratégicos Al Ahram, no Cairo.

Os Estados Unidos vetaram nessa terça, dia 17, uma resolução apresentada pela Síria que exigia que Israel recuasse das ameaças de "remover'' Arafat. Autoridades israelenses acusam o presidente palestino, confinado em seu quartel-general de Ramallah (Cisjordânia), de fomentar a violência, o que ele nega.

Sem um acordo que contentasse norte-americanos e árabes, a resolução teve 11 votos favoráveis no Conselho, que tem 15 membros. Alemanha, Bulgária e Grã-Bretanha se abstiveram. Os Estados Unidos vetaram o texto porque consideraram que ele era parcial em prol dos palestinos e não mencionava os grupos militantes que cometem atentados contra Israel.

O chanceler egípcio, Ahmed Maher, disse que Washington precisa deixar claro que o veto não representa um "sinal verde'' para que Israel aja contra Arafat. Segundo ele, o argumento dos EUA para o veto era equivocado, já que o texto pedia que todas as partes suspendessem a violência e respeitassem o direito internacional.

A Liga Árabe disse que está discutindo a proposta iemenita de convocar uma cúpula de emergência para discutir a possível ''remoção'' de Arafat -- termo que pode significar seu exílio ou mesmo seu assassinato.

– É difícil dizer qual será o cronograma para uma decisão. Não serão dias, mas acho que tampouco serão meses – disse um porta-voz da Liga Árabe.

Alguns árabes disseram não ter ficado surpresos pelo veto norte-americano.

– Expulsar Arafat era uma intenção dos EUA anteriormente, e Israel está só seguindo as recomendações dos EUA –  afirmou o empresário Hamid Shehab, de Barein.

As informações são da agência Reuters.

 

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