| 11/09/2003 10h10min
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Silvan Shalom, disse que o gabinete de governo, reunido emergencialmente na quinta, dia 11, depois de dois atentados suicidas, deveria ignorar as objeções dos Estados Unidos e expulsar o presidente palestino, Yasser Arafat, dos territórios ocupados.
Em um sinal de que pretende apertar o cerco a Arafat, o Exército de Israel ocupou um prédio da Autoridade Palestina que fica perto do complexo no qual trabalha o presidente, na cidade de Ramallah, na Cisjordânia. Um porta-voz dos militares afirmou que o local era um dos vários tomados na região para "evitar que Arafat tenha contato com grupos terroristas".
O líder palestino está confinado há dois anos pelos bloqueios israelenses erguidos ao redor do complexo de governo, e nega as acusações feitas por Israel e pelos EUA de que encoraje os atos de violência.
O primeiro-ministro do Estado judaico, Ariel Sharon, que interrompeu sua viagem à Índia depois de 15 israelenses terem sido mortos nos atentados suicidas realizados em Jerusalém e perto de Tel Aviv na terça-feira, preparava-se para consultar seu gabinete de segurança para adotar novas medidas contra os palestinos.
Vários integrantes do gabinete de segurança disseram que levantariam a questão da expulsão de Arafat na reunião de quinta-feira. Shalom não soube dizer se uma decisão definitiva sobre a proposta seria adotada já nessa reunião.
Com informações da agência Reuters.
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