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O mundo inteiro presta homenagens às vitimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington nesta quinta, dia do segundo aniversário dos ataques terroristas. Embaixadas norte-americanas em toda a Ásia acenderam velas, enquanto a imprensa local ressaltava a queda de apoio aos Estados Unidos.
Em Tóquio, budistas vestidos com mantos amarelos lideraram um grupo de 20 pessoas que rezaram pela paz na frente da embaixada dos EUA e protestaram contra a guerra no Iraque. O grupo ambientalista Planet Ark plantou 3 mil árvores em um parque de Sydney, na Austrália, em memória aos mortos pelos ataques contra o World Trade Center, o Pentágono e pelos mortos em um avião que caiu em um campo da Pensilvânia.
Uma nova fita mostrando Osama bin Laden, líder da Al Qaeda, elogiando os ataques, lançou uma sombra sobre as celebrações.
– Os ataques nos EUA levantaram de fato o "gigante poderoso" do qual o senhor Bush falou na época – ressaltou o editorial de um jornal de Hong Kong.
– Mas a única superpotência restante no mundo precisa entender que a posição "conosco, ou contra nós", e especialmente o uso de mais agressão, somente alimentará o ódio que motivou os ataques – criticou o diário.
Essa percepção foi refletida por toda a Ásia e lembra como as ações militares dos EUA dividiram o mundo.
– Será seu (da América) suposto desejo de lidar com as ameaças globais à segurança na verdade uma operação para zerar as ameaças somente à segurança americana? – questionou o jornal Indian Express. – Será que o tema da coalizão é simplesmente uma cobertura para o unilateralismo americano? – complementou.
Na Indonésia, local do pior ataque do mundo pós-11 de setembro – os atentados de Bali em outubro de 2002, que mataram 202 pessoas –, o Jakarta Post adotou um tom parecido.
– Há também o medo de que, a menos que seja gerenciada com cuidado, a guerra contra o terrorismo seja percebida no mundo islâmico como uma cruzada contra eles.
O jornal francês Le Monde publicou uma manchete em 11 de setembro de 2001 dizendo que todos sentiam-se americanos. Nesta quinta, o editorial sobre Washington, entretanto, teve outro tom:
– A compaixão deu lugar ao medo de que ações mal consideradas estejam agravando os problemas e de que a luta contra o terrorismo seja um pretexto para ampliar a hegemonia dos EUA.
As informações são da agência Reuters.
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