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Conselhão apresenta a Lula medidas para retomada do crescimento

O ministro titular da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, afirmou ser preciso estrear o crescimento, ainda que ele não seja espetacular. Nesta quinta, dia 4, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) define medidas para apressar o ritmo da retomada.

Depois de um adiamento de duas semanas, por problemas na agenda presidencial, as presenças do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vão reforçar a reunião. O objetivo das propostas é dar sustentação aos ainda tímidos sinais de melhora na atividade produtiva.

– O conselho vai propor medidas imediatas para permitir a retomada do crescimento, não a partir de uma visão de bolha, mas de um movimento consistente – afirma Tarso Genro.

Apresentadas em 18 itens, as propostas podem ser concentradas em 15 pontos. Tarso Genro revelou que Palocci fará uma divisão das medidas em três grupos: as que o governo têm condições de acolher imediatamente, as que necessitam de mais estudos e as que ainda não podem ser avaliadas. Duas áreas, antecipa o petista gaúcho, ficaram por enquanto fora do alcance do conselhão: juros e câmbio. Lembrando que o conselho interrompeu a ambiciosa discussão do novo contrato social para, a pedido do presidente, listar medidas emergenciais, Tarso justifica o caráter mais conjuntural das propostas. As questões estruturais terão sua vez a partir de 2004.

– Nos próximos quatro meses, uma seqüência de ações do governo vai complementar o que já foi realizado até agora, para que possamos ter no próximo ano um crescimento entre 3% e 4% – projeta.

Um dos trunfos com que o governo poderá contar em 2004 é um Orçamento não contingenciado, isto é, com os gastos previstos não mais limitados para alcançar os 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) de superávit primário, compromisso assumido com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A quem vê na demora da adoção de medidas práticas um sinal de falta de rumo do governo, Tarso justifica:

- Temos de readequar o projeto de governo à coalizão política do segundo turno que permitiu vencer a eleição. É natural que as propostas do primeiro turno sofram correções, senão estaríamos sendo infiéis ao contrato.


 

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