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Os Estados Unidos condenaram o ataque que matou o principal líder xiita no Iraque nesta sexta, dia 29. Os norte-americanos também disseram que a explosão de uma bomba em Najaf não impedirá Washington de reconstruir um país "livre e estável".
Apesar de condenar o ataque, as autoridades norte-americanas afastaram Washington da investigação sobre a bomba, que matou pelo menos 75 pessoas. O ataque ocorreu próximo ao santuário de Imam Ali, na cidade sagrada de Najaf.
– O ato de terrorismo foi direcionado ao Ayatollah Mohammed Baqer al-Hakim, a um dos locais mais sagrados para os muçulmanos xiitas e (alvejou) as esperanças de paz, de liberdade e de reconciliação do povo iraquiano. As forças do terror devem ser, e serão, combatidas — disse o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em um comunicado.
– Não seremos intimidados por atos inaceitáveis e imorais. A comunidade internacional deve renovar seu compromisso de trabalhar com a maioria do povo do Iraque que quer construir um país livre e estável. Nós e a coalizão vamos realizar todos os esforços para ajudar o povo iraquiano na investigação do brutal ataque e faremos o nosso melhor para levar os responsáveis à justiça – disse o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, em um outro comunicado.
O presidente Bush ordenou autoridades norte-americanas a "trabalhar juntamente" com as forças de segurança do Iraque e com o conselho governamental do país para encontrar os responsáveis pela explosão. Os Estados Unidos, como a principal força ocupante do Iraque, são os maiores responsáveis pela segurança do país. Apesar disto, uma autoridade do Departamento de Estado disse que o ministro do interior iraquiano deverá liderar esta investigação. O secretário da Defesa Donald Rumsfeld, em seu comunicado sobre o ataque, não mencionou os EUA em momento algum.
– Conforme este período de transição for aumentando, a oposição ao sucesso e ao Iraque livre podem continuar a cometer estes atos desesperados. Mas o resultado não é incerto. Quem cometer estes atos e apoiar a violência no Iraque, irá fracassar – disse Rumsfeld.
Hakim era o líder do Conselho Supremo da Revolução Islâmica no Iraque, que está cooperando com a ocupação norte-americana. Ele ficou 23 anos exilado no Irã antes de retornar ao Iraque em maio, quando os presidente Bush declarou o fim da fase de combates no Iraque.
Com informações da agência Reuters.
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