| 28/08/2003 08h15min
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, iniciou nesta quinta, dia 28, o maior teste de seus seis anos de administração, quando testemunhou sobre a morte de um especialista em armas que foi envolvido em um disputa sobre os argumentos para uma guerra no Iraque. Blair é o segundo premiê britânico a enfrentar um inquérito judicial, que já conseguiu desnudar os mecanismos de funcionamento do governo de forma nunca vista antes.
A aprovação do líder caiu por causa do assunto e da maneira pela qual o governo lidou com a morte de David Kelly. O primeiro-ministro afirmou que se uma matéria da rede BBC acusando seu governo de "exagerar'' nas informações de inteligência sobre armas proibidas no Iraque fosse correta, ele teria renunciado.
– Essa foi uma alegação que se tivéssemos nos comportado de uma forma tal teria valido minha renúncia – afirmou.
Dezenas de britânicos acamparam durante a noite do lado de fora do complexo Royal Courts of Justice, no centro do Londres, para acompanhar a participação de Blair. Quando ele chegou, manifestantes antiguerra mostraram cartazes com um Blair exposto como um criminoso "procurado''.
Blair, um articulado advogado acostumado com os rigores de interrogatórios, deve defender a maneira como o seu governo Trabalhista apresentou os argumentos para uma guerra que a maioria dos britânicos condenava. Mas ele ainda terá que encarar difíceis questões sobre o tratamento dado a Kelly e o que o levou à morte.
As informações são da agência Reuters.
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