| 24/07/2003 21h45min
No final da tarde desta quinta, dia 24, o Ministério Público Estadual recebeu da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) uma notícia-crime pedindo a prisão preventiva de João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Agricultores Rurais Sem Terra (MST). Em discurso proferido em um assentamento de Canguçu, nessa quarta, Stédile classificou os ruralistas como "inimigos a serem destruídos por um exército de 23 milhões em luta pela causa camponesa". O líder do MST foi acusado de formação de quadrilha e incitação ao crime pelos fazendeiros.
O procurador-geral de Justiça, Antônio Carlos de Avelar Bastos, pediu a fita com a íntegra do discurso para iniciar investigações. Em 15 dias, Bastos promete tentar o enquadramento de Stédile em crimes contra a paz pública, nos crimes de incitação ao crime (art. 286) e apologia de crime ou criminoso (art. 287). Ambos prevêem pena de detenção de três a seis meses, ou multa.
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