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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou deixar claro de uma vez por todas nesta sexta, dia 11, que qualquer alteração na reforma da Previdência depende da anuência dos governadores. As alterações em discussão incluem o pagamento do salário integral aos servidores aposentados e a paridade de reajuste salarial entre os funcionários ativos e inativos. O tema vem sendo debatido desde quarta, quando líderes da base governista propuseram as mudanças, mas de lá para cá houve um bombardeio de críticas vindas do próprio PT, de sindicalistas e principalmente de governadores.
– O governo só aceitará qualquer mudança na proposta de comum acordo com os 27 governadores de Estado. Foi assim que nós começamos o processo de elaboração do projeto, será assim que nós vamos esperar esse projeto ser votado. Se tiver uma proposta interessante que o governo entenda que deva aceitar ela será discutida com os 27 governadores – disse Lula em Lisboa, onde se encontra para uma visita de três dias.
Ao comentar a greve dos servidores públicos, que protestam pelo quarto dia contra a reforma previdenciária, Lula disse esperar que os trabalhadores percebam que a mudança será benéfica a eles.
– Se eles analisarem corretamente a proposta vão perceber que estamos garantindo que daqui a dez, cinco anos eles tenham o que receber, porque a continuar do jeito que está eles não terão o que receber em alguns Estados. E eles sabem disso – afirmou.
O presidente disse ainda que o movimento sindical precisa dar um passo à frente na História e pensar que dinheiro público também é para outras coisas.
O ministro-chefe da Casa Civíl, José Dirceu, confirmou que vai comandar, na próxima terça, uma reunião em Brasília com uma comissão escolhida pelos governadores (cinco, um de cada região do país), líderes do governo no Congresso e com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para analisar as propostas que mudam a reforma da Previdência.Com informações da agência Reuters e Globo News.
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