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Em meio à primeira greve dos servidores públicos federais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta quarta, dia 9, sua terceira viagem à Europa em pouco mais de seis meses de governo, em seu contínuo esforço de reforçar a presença internacional do Brasil. Desta vez, Lula visita Portugal e Espanha, importantes investidores no Brasil, e o Reino Unido – onde participa da 4ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Governanças Progressista, novo nome da cúpula da Terceira Via, cuja primeira reunião ocorreu em 1999.
– A viagem é importante como parte da construção da credibilidade (do Brasil) na opinião pública internacional e no establishment financeiro internacional – avalia o professor Eduardo José Viola, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB).
Embora esta seja sua nona viagem internacional como presidente, esta será a primeira vez que Lula fará visitas de Estado – em Portugal e Espanha –, que apresentam um ritual e uma pompa muito mais elaborados do que viagens de trabalho, como a do mês passado ao presidente norte-americano, George W. Bush, em Washington, ou mesmo visitas oficiais.
Tanto em Portugal, onde Lula deve chegar na noite de quarta e ficar até sábado, quanto na Espanha, onde está previsto que chegue na noite de segunda e permaneça até o dia 16, Lula irá ao Congresso, além de encontros com os chefes de governo e de Estado. O presidente também deve se encontrar com empresários nos dois países.
No final de 2002, segundo o Itamaraty, a Espanha aparecia no segundo lugar entre os países com maior estoque de investimentos no Brasil – acima de US$ 25 bilhões, atrás apenas de Estados Unidos. Portugal era o quinto colocado, com investimentos entre US$ 15 bilhões e US$ 17 bilhões.
Espanhóis e portugueses participaram ativamente no processo de privatização brasileira dos últimos anos. No final de 1995, o estoque de investimentos da Espanha no Brasil era de apenas US$ 300 milhões e de Portugal, pouco mais de US$ 100 milhões. Além disso, lembra Viola, os dois países são importantes mediadores das relações do Brasil com a União Européia.
As informações são da agência Reuters.
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