| 07/07/2003 12h46min
Começou nesta segunda, dia 7, com muitos protestos a primeira audiência pública para discutir a reforma da Previdência fora do Congresso. A reunião realizada no auditório Dante Barone, na Assembléia Legislativa, em Porto Alegre, contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha.
Durante o encontro, mais de mil manifestantes – em sua maioria servidores federais – protestaram contra pontos da proposta do Executivo. Os funcionários públicos anunciam que a partir desta terça, dia 8, haverá greve em todo o país. A reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Wrana Panizzi, informou que na tarde de hoje se reunirá com os servidores da instituição. Segundo ela, a tendência é de que não haja paralisação na universidade.
A Câmara de Deputados agendou essa audiência para ampliar a discussão sobre os projetos encaminhados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outras reuniões semelhantes serão realizadas em outros Estados.
No encontro na Assembléia, João Paulo criticou a falta de informação por parte do governo sobre o conteúdo da proposta da reforma da Previdência. O deputado destacou que pontos como a regra de transição, a média do cálculo de benefícios e mecanismos para assegurar direitos de categorias como os professores devem sofrer alteração no Congresso. O parlamentar também reclamou a ausência do ministro da previdência, Ricardo Berzoini, na audiência pública.
Sobre o aumento do teto de isenção de contribuição de servidores inativos, o relator da reforma na Comissão Especial da Câmara, deputado José Pimentel, – também presente ao encontro na Assembléia – destacou que é forte a tendência de consolidação dessa alternativa.
As informações são da Rádio Gaúcha.
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