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BC reduz estimativa de crescimento do PIB para 1,5% em 2003

Relatório também baixa previsão de inflação no ano de 10,8% para 10,2%

O Banco Central estima que o país vai crescer menos este ano e também terá menos inflação. A estimativa da autoridade monetária de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano caiu de 2,2% para 1,5%. A previsão faz parte do Relatório de Inflação de junho, divulgado nesta segunda, dia 30.

A indústria é o setor que deve ter, segundo previsões do BC, a menor taxa de crescimento, de 0,7%. No relatório de março, a estimativa do BC era de que esse setor cresceria 2,1%.

– Tais alterações decorrem do fato de ser o setor que apresenta segmentos mais sensíveis ao comportamento das taxas de juros e das expectativas internas, em especial a indústria da construção civil e, na indústria da transformação, as categorias de bens de capital e de bens de consumo duráveis – diz o documento do BC.

A agropecuária deve puxar o crescimento da economia, com uma expansão de 5,8%, ante os 6% previstos na semana anterior. Esse crescimento mais expressivo do setor é justificado pelo bom desempenho da safra de grãos, que deve ficar 19,7% maior do que a safra anterior.

O setor de serviços terá expansão de 1,5% e não mais de 1,8% como previsto anteriormente. De acordo com o BC, a projeção menor considera efeitos da queda da produção industrial sobre os setores de comércio e transportes e as reduções das taxas de crescimento dos subsetores comunicações e administração pública.

O comércio exterior deve-se "constituir no principal componente de sustentação do crescimento, contribuindo com 2 pontos percentuais para a expansão do PIB". A previsão do BC é de que as exportações apresentem incremento de 11% e as importações uma queda de 1,5% no ano.

O cenário básico levado em conta pelo BC pressupõe manutenção do juro básico em 26% até o final de 2004. A taxa de câmbio da véspera da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), sempre tomada pelo BC para tais projeções, era de R$ 2,85.

No documento, o BC reduz a projeção de inflação para 2003 de 10,8% para 10,2%. Para 2004, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,1% para 4,2%. Apesar de ter sido reduzida, a estimativa para inflação ainda supera a meta ajustada de 8,5% adotada para este ano. Em 2004, a projeção é inferior à meta central definida de 5,5%.

 

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