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Sob forte pressão, Copom inicia mais uma reunião nesta terça

Presidente do BC sinaliza que taxa de juros não deve baixar

Nos últimos dias, com grande parte dos índices mostrando a desaceleração da inflação, tem crescido as pressões para que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promova o primeiro corte de juros na administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até mesmo integrantes do governo, como o próprio vice-presidente José Alencar, tem defendido esta idéia. Depois de duas elevações no início do ano, a taxa de juro básica do país está estacionada em 26,5%  – maior patamar em quatro anos.

Apesar das pressões para um corte, a maioria dos analistas aposta na manutenção da taxa, já que as expectativas de inflação continuam muito acima da meta estabelecida para este ano de 8,5%.

Nesta segunda, dia 19, o presidente do BC, Henrique Meirelles, deu mais um sinal de que a taxa de juros não deverá baixar dos atuais 26,5% neste mês. Durante evento organizado pela Câmara de Comércio Americana no Rio de Janeiro, Meirelles voltou a afirmar que a inflação é a "uma ameaça" e "uma febre" que deve ser dizimada para não se tornar um problema crônico. Mesmo afirmando que suas declarações não devem ser levadas em consideração na reunião do Copom, o recado foi claro.

Oficialmente o Copom se reúne nesta terça e quarta para definir o rumos da taxa básica de juros. No entanto, segundo Meirelles, o Banco Central estaria començando as discussões já nesta segunda, um dia antes do programado. A ampliação do prazo seria para os técnicos debaterem os indicadores da economia que justificarão o nível dos juros.

No final da tarde, entretanto, o BC divulgou uma nota esclarecendo que a reunião, da qual participariam Meirelles, os diretores da instituição e seis chefes de departamento, não fazia parte do Copom. Na reunião do comitê, cinco chefes de departamento participam. O objetivo do encontro, segundo a assessoria do BC, seria antecipar o início da análise de alguns dados de mercado para tornar o Copom "mais produtivo".

Com informações da agência Reuters.

 

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