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O senador Romero Jucá (RR) deixou oficialmente o PSDB e filiou-se nesta quarta, dia 14, ao PMDB, tornando-se o 22º senador da legenda – número equivalente ao bloco governista no Senado.
Ao sair do PSDB – partido de oposição ao Palácio do Planalto -- Jucá disse que trabalhará em favor do governo Lula.
– Minha vinda para o PMDB é para somar e buscar avanços para o governo – enfatizou.
– A vinda de Romero Jucá é muito positiva neste momento para aprovar as reformas e ajudar na governabilidade – emendou o líder no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Ex-líder do governo Fernando Henrique, Jucá ganhou destaque como eficiente operador político em defesa da administração tucana.
Nesta nova legislatura, no entanto, sofreu constrangimentos no partido, e foi obrigado a aceitar o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) – que acabava de chegar ao Senado – como líder do PSDB na Casa.
– O nosso namoro é antigo – admitiu Calheiros, principal negociador da filiação de Jucá, que foi anunciado vice-líder do partido.
O destaque da cerimônia realizada nesta quarta foi a presença do presidente do Senado, José Sarney, que vem se mostrando como o homem forte do partido. Ao comentar o crescimento do PMDB, ele chegou a brincar ao lado de um apagado Michel Temer (SP), presidente da legenda.
– A gente quer chegar a 30 (senadores) – disse.
O PMDB pretende ainda crescer muito mais. A expectativa é que outros quatro senadores entrem no partido. Roseana Sarney (PFL-MA) e outros parlamentares pefelistas estão sendo sondados pela legenda.
O crescimento dos peemedebistas é um fator positivo para o Palácio do Planalto que costurou um acordo para a entrada do partido na base aliada. A decisão deverá ser referendada em reunião da Executiva Nacional do PMDB, onde o grupo que defende o apoio ao governo Lula é maioria, marcada para a próxima semana.
Diante da iminência de ser derrotado – já que faz parte do grupo oposicionista – o presidente Michel Temer já está cogitando a possibilidade de abrir mão da convocação do Conselho Político, que iria dar a palavra final sobre a adesão.
Segundo Renan Calheiros, nenhuma ação dos chamados radicais peemedebistas poderá inviabilizar a adesão pois os parlamentares que favoráveis ao Planalto também são majoritários no Conselho do partido.
Com o aumento da bancada peemedebista e a entrada do partido na base aliada, a oposição ao governo no Senado – formado por 81 senadores – limita-se ao PSDB, que tem 10 senadores, e ao PFL, com 18.
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