| 17/02/2003 07h15min
A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), nesta terça, dia 18, e quarta-feira, dia 19, concentrará as atenções no mercado financeiro, nesta semana. Há unanimidade quanto à elevação da taxa básica, fixada em 25,5% ao ano, e as apostas no mercado chegam a até dois pontos percentuais.
Os juros dos contratos futuros e da renda fixa deram um salto na semana passada. As taxas dos certificados de depósito bancário (CDBs) atingiram 16,2% ao ano. Esse comportamento refletiu a apreensão com o cenário internacional. Apesar de os inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) revelarem que não foram encontradas armas de destruição em massa no Iraque, a iminência de guerra é cada vez maior. Isso porque os Estados Unidos e a Inglaterra estão decididos a invadir o país do Oriente Médio independentemente do apoio da comunidade internacional.
Uma guerra contra o Iraque, ainda que seja rápida, terá reflexos negativos no fluxo de capitais para os países de economias emergentes, além de reduzir as transações comerciais internacionais. Isso poderia comprometer o crescimento econômico e o controle da inflação previstos pelo governo para este ano. O dólar comercial subiu nas últimas cinco sessões, alcançando o maior preço (R$ 3,67) desde 13 de dezembro. A moeda atinge alta de 4,26% no mês, quando a Bolsa de São Paulo (Bovespa) acumula perda de 7,82%.
Apesar do fim do horário brasileiro de verão, os atuais horários de funcionamento da Bolsa de São Paulo (Bovespa) serão mantidos até meados de abril, quando termina o horário de inverno nos EUA. Isso provocará o alinhamento das negociações da Bovespa com as das bolsas de Nova York, que até sexta-feira fechavam com uma hora de atraso. Mesmo mantendo o horário das 18h, a Bovespa retoma nesta segunda, dia 17, o encerramento simultâneo ao de Wall Street.
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