A cada rodada, o sonho de estar na Libertadores no ano de seu centenário vai ficando mais distante para o Inter. Em contrapartida, o Grêmio vê a chance de disputar a competição sul-americana se tornar cada vez mais real. Tomando por base os números do Cruzeiro, que em 2007 fez 60 pontos e acabou na quarta colocação do Brasileiro — e ficou com a última vaga para a Libertadores —, os gremistas terão de suar bem menos que os rivais.

Hoje, o time de Tite tem 26 pontos e ocupa a 12ª colocação no Brasileirão. Seus 43,3% garantem a última vaga na Sul-Americana do ano que vem. Para almejar a vaga na principal competição do continente, o Inter teria de fazer 34 dos 54 pontos que tem a disputar — levando em conta a pontuação do Cruzeiro de 2007. Ou seja, das 18 partidas a disputar (54 pontos), os colorados poderiam perder apenas 20 — seis derrotas e dois empates.

Segundo o presidente Vitorio Piffero, antes da rodada de domingo, o Inter precisava de 64,9% dos pontos no returno até chegar à Libertadores. Com a derrota para o Vasco, a projeção mudou: 37 pontos dos 54 restantes, ou 68,5%.

Para o Grêmio a situação é mais cômoda. A boa campanha e a liderança na competição nacional fazem com que o grupo de Celso Roth tenha de conquistar apenas 16 dos 54 pontos a disputar — o equivalente a cinco vitórias e um empate. Em relação à números, o diretor de futebol André Krieger prefere adotar a cautela.

— Nossa visão é sempre o próximo jogo. A comissão técnica e o departamento de futebol não fazem projeções. Claro, embora não se diga, cada um tem lá seus cálculos. Mas não nos valemos de números para fazer a campanha do Grêmio — definiu.

O título Brasileiro está bem distante para a turma do Beira-Rio. O São Paulo, campeão em 2007, alcançou 77 pontos, 33 a mais do que o Grêmio tem agora. Enquanto que os azuis precisam de 11 vitórias em 18 jogos, os vermelhos teria de fazer 51 pontos — ou seja, o Inter disputaria, até dezembro, 17 finais.