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 | 17/08/2008 18h55min

Tite: "Tem de lamber as feridas, ficar quieto e trabalhar"

Goleado por 4 a 0 pelo Vasco, técnico do Inter admite que pode mudar novamente o esquema tático

Depois de levar uma goleada de 4 a 0 do Vasco, no Estádio São Januário, o técnico do Inter precisou ainda enfrentar uma longa entrevista coletiva para diagnosticar os problemas do time. E Tite atribuiu a má fase da equipe à soma de vários aspectos — entre eles o desentrosamento e a falta de ritmo.

— Futebol a gente não estala os dedos e monta um time. Precisa de trabalho e tempo e repetição. Não é desculpa, mas é uma constatação — avaliou.

Veja os gols da partida:



Após começar seu trabalho com o esquema 4-4-2, e mudar para o 3-5-2, Tite não descarta a possibilidade de alterar novamente o sistema tático:

— Agora tem de lamber as feridas, ficar quieto e trabalhar para buscar o resultado na quarta-feira. Vou colocar essas coisas, refletir e ponderar a partir da segunda — disse ele, já pensando no confronto com o Palmeiras, na quarta, no Beira-Rio.

Muitos problemas

Tite admite que o Inter ainda não encontrou o "ponto de equilíbrio" — expressão que o treinador colorado gosta de utilizar para ilustrar a situação ideal entre defesa e ataque. Ele coloca diversos aspectos como agravantes para a fase ruim: muitas contratações, saídas de jogadores e falta de ritmo de jogo entre os recém-chegados.

— É um conjunto de aspectos. Logo que assumi tivemos um bom momento, depois caímos, e ainda não encontramos o ponto de equilíbrio. Tivemos uma tarde infeliz. Foi bem abaixo daquilo que imaginávamos. A equipe esteve muito abaixo do seu padrão natural. Por ter jogado mal, tomou 4 a 0 — explica.

Sobre a goleada para o Vasco, Tite diz que o Inter perdeu o jogo a partir do segundo gol sofrido. Até então, segundo o treinador, a equipe estava melhor na partida:

— A equipe sentiu o segundo gol e a possibilidade de reação fica reduzida. Aí se precipita as jogadas.

Reclamações de Monteiro

Tite evitou ainda polemizar com as declarações do ala Wellington Monteiro, que reclamou em entrevista após ser substituído ainda no primeiro tempo:

— Temos uma hierarquia muito grande. Não vou externar nada de maneira pública.

"Sei que não tivemos competência e isso dói"

O técnico disse que o desafio é "remontar, reestruturar e equilibrar" a equipe. Ele definiu o resultado deste domingo (que deixou o time na 12ª colocação com 26 pontos) como "ruim, amargo e pesado", mas disse que o grupo irá trabalhar para buscar uma reação na quarta.

— Sei que não tivemos competência e isso dói. Já passei por situações difíceis como essa ou muito pior. Tenho respeito muito grande pelo Internacional e vou continuar trabalhando para dar minha parcela de contribuição enquanto os dirigentes entenderem que eu devo continuar.

Giovanni Luigi

O vice de futebol, Giovanni Luigi, disse que todo o time foi mal neste domingo e tirou a responsabilidade somente de Tite.

— Temos uma série de problemas. Falta de ritmo e condicionamento. A questão independe do treinador e sim do jogo em si, onde a equipe não encontrou seu futebol no dia de hoje. Somos todos nós que temos que trabalhar e procurar dar a volta por cima. Toda a equipe foi mal – disse. 

— Neste momento, mais do nunca, precisamos da ajuda da torcida na quarta-feira — completou ele, projetando o confronto com o Palmeiras.




Confira a tabela do Brasileirão:



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