Treze meses após o menino Miguel, filho do ex-zagueiro do Juventude Wescley Gonçalves, levar um tiro na coluna em um assalto, a Justiça de Caxias do Sul condenou ontem seis pessoas.

Treze meses após o menino Miguel, filho do ex-zagueiro do Juventude Wescley Gonçalves, levar um tiro na coluna em um assalto, a Justiça de Caxias do Sul condenou ontem seis pessoas.

O grupo foi condenado a penas que variam de um a 13 anos de prisão pelo ataque que feriu o garoto, hoje com um ano e oito meses, e pela seqüência de crimes que o antecedeu.

Dois deles foram responsabilizados diretamente pelo roubo do Golf no qual o atleta, sua companheira e outros dois ex-jogadores do clube estavam na noite de 21 de maio de 2007, e pelo tiro. Miguel, hoje morando em Criciúma (SC), onde fica o clube defendido pelo pai, ainda se recupera das conseqüências do tiro, que comprometeram os movimentos da mão.

Outros dois jovens e duas mulheres foram sentenciados pela 2ª Vara Criminal por roubo e receptações. Na decisão, a titular da 2ª Vara, juíza Luciana Fedrizzi Rizzon, salientou que no inquérito e no processo havia elementos suficientes para condenar os envolvidos pelos delitos.

Segundo a decisão judicial, Evandro Correia, 32 anos, e Robson da Silva Andrade, 21 anos, foram os dois assaltantes que roubaram, em maio do ano passado, o Golf de Paulo Ramos. O ex-meia do Ju seguia com Wescley, a criança, e Fernanda Novas Gonçalves, 21 anos, mãe do menino, para uma pizzaria. No carro, também estava Radamés Martins, então volante do time caxiense, que segurava Miguel quando a dupla cercou o carro, parado em um semáforo em uma via de Caxias do Sul.

Bebê ficou mais de um mês no hospital

Paulo Ramos se assustou com os assaltantes e fez um movimento brusco. Foi o momento em que Evandro, segundo a sentença, atirou e acertou o menino. O projetil não chegou a romper a pele de Miguel, mas fez com que o motorista do Golf perdesse o controle do carro, chocando-o contra uma árvore. Todos desembarcaram do carro, roubado pela dupla.

Num dos crimes gaúchos de maior repercussão de 2007, o menino permaneceu hospitalizado por 32 dias - 20 deles na UTI.