| 21/01/2003 18h35min
A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum Econômico Mundial será a primeira oportunidade de o novo governo se apresentar no cenário econômico internacional e pode ajudar a aumentar a credibilidade do país junto aos investidores estrangeiros. Esta é a opinião do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan.
Em entrevista coletiva na tarde desta terça, dia 21, Furlan disse que a participação de Lula no encontro poderá atenuar as restrições aos investimentos e proporcionar a queda do juros mais adiante.
O ministro, que é um dos articuladores da ida de Lula a Davos, disse que uma das expectativas do governo, em especial de sua pasta, é de que o presidente possa pleitear junto a políticos e empresários da França e Alemanha – dois países que também serão visitados por Lula – estímulo em suas subsidiárias no Brasil para que elas se engajem no esforço de criação de empregos e aumento de exportações do país.
A equipe que vai acompanhar o presidente tentará fazer uma ponte entre as discussões do Fórum Social Mundial que acontece em Porto Alegre e do Fórum Econômico de Davos.
– As bandeiras dos dois fóruns não são incompatíveis – defendeu Furlan, dizendo que a ponte é uma saída confortável para o presidente que está sendo criticado por comparecer ao Fórum Econômico, "rival" do evento gaúcho.
Além da programação oficial, na qual o ministro participa de três painéis, Furlan tem encontros privados com o presidente da Confederação da Indústria da Índia, com uma associação de empresários japoneses e com representantes da Câmara de Comércio de Hong Kong (China). Também irá se reunir com o ministro das Finanças e Indústria da França, Frances Mer, que é ex-diretor da siderúrgica francesa Arcelor. A empresa tem interesses nas brasileiras Companhia Siderúrgica de Tubarão, Acesita e Belgo Mineira.
Além deles, Furlan também irá se encontrar com o ministro de Comércio Exterior do Canadá. De acordo com ele, o "eterno contencioso'' entre as empresas do setor aéreo Embraer e Bombardier não faz parte da pauta da reunião.
Esta será a décima vez que Furlan comparece ao Fórum, do qual é sócio, mas é a primeira que vai como convidado. As informações são da agência Reuters.
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