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O Comitê de Política Monetária (Copom) reúne-se nesta terça e quarta-feira pela primeira vez no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sob a expectativa do mercado de manutenção da Taxa Básica de Juros (Selic) em 25% ao ano. A decisão será anunciada na quarta.
Os cerca de cem investidores, analistas e institutos de pesquisa ouvidos pelo Banco Central estimaram que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que norteia o sistema de metas de inflação, irá variar 11,19% este ano. A expectativa anterior, divulgada semana passada, era de 11,23%. A estimativa do mercado para a inflação é um dos fatores avaliados pelo Copom na hora de definir a taxa básica de juros. Em 17 e 18 de dezembro, última reunião do Copom, a expectativa de inflação para 2003 era de 11%.
Além da taxa Selic, é esperada para esta reunião do Copom a apresentação pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, da carta aberta ao ministro da Fazenda, Antônio Palocci, justificando o descumprimento das metas de inflação em 2002. Além de explicar os motivos do descumprimento da meta, o BC dirá como pretende enquadrar a inflação nos limites fixados pelo governo. Palocci também deve anunciar as metas de inflação para 2003.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou o centro da meta da inflação para 2002 em 3,5%, com teto de 5,5%. A variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que serve de referência para o sistema de metas – chegou em 2002 a 12,53%.
Um decreto exige que o presidente do BC descreva detalhadamente as causas do descumprimento das metas e liste as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos, e o prazo.
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