| 22/05/2008 14h21min
Os presidentes de 12 países assinarão amanhã o Acordo Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), novo mecanismo de integração que nasce com o objetivo de fundir o Mercosul à Comunidade Andina (CAN). A cúpula, que será realizada em Brasília, foi convocada em caráter extraordinário por causa da atual crise entre Colômbia, Equador e Venezuela, que forçou a suspensão de outra prevista para março, na cidade de Cartagena de las Indias (Colômbia).
O governo brasileiro propôs a reunião com o único objetivo de assinar o Acordo Constitutivo, que só entrará em vigor assim que for aprovado pelos congressos dos 12 países-membros.
Amanhã, os presidentes terão a primeira reunião no Centro de Convenções de Brasília para assinar o documento, e depois participarão de um almoço no Palácio do Itamaraty. No entanto, ainda hoje era negociada a possibilidade de um encontro privado dos líderes para discutir a conjuntura regional, os desafios da integração e, principalmente, o
conflito entre Colômbia,
Equador e Venezuela.
A Unasul começou a ser formada há oito anos em Brasília, na primeira cúpula regional convocada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Desde então, foram realizadas outras cúpulas sul-americanas — em 2002 em Guayaquil (Equador), e 2004 em Cuzco (Peru), onde foi adotado o nome Comunidade Sul-americana.
A primeira cúpula presidencial sob esse nome aconteceu em Brasília, em 2005, e nela foi definida uma agenda prioritária e o programa de ação. No ano seguinte, os chefes de Estado voltaram a se reunir, desta vez em Cochabamba (Bolívia), e concordaram em estabelecer o Conselho de Delegados para implementar as decisões presidenciais e ministeriais.
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