| 20/05/2008 19h09min
O chanceler da Bolívia, David Choquehuanca, confirmou nesta terça-feira a participação do presidente Evo Morales na reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), nesta sexta-feira, em Brasília.
Segundo Choquehuanca, o encontro deve servir para consolidar o nascimento do bloco, com a aprovação de seu Tratado Constitutivo.
— Este tratado já alcançou o consenso e está praticamente terminado, o que os presidentes têm que fazer é assinar a ata de nascimento desse espaço de integração não só comercial, mas muito mais amplo e a serviço dos interesses dos povos — disse o chanceler, informa a Agência Boliviana de Informação (ABI).
Desde 2006, a Bolívia assumiu a presidência pro-tempore da Unasul, com o mandato para trabalhar o Tratado Constitutivo do bloco que deve reunir 12 países. O tratado sobre o marco legal da união sul-americana já foi estabelecido por representantes da diplomacia dos países envolvidos.
Os últimos detalhes
foram definidos durante reunião em Caracas
(Venezuela), no início de maio. Além de assinar os documentos constitutivos da Unasul, os presidentes também poderão analisar a proposta brasileira de criar um Conselho Sul-Americano de Defesa.
A Unasul deve ser composta por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
O bloco surgiu em 2005, durante a 3ª Reunião Sul-Americana e os presidentes da região aprovaram a Declaração de Cuzco, dando suporte a uma Comunidade Sul-Americana de Nações (CSN).
Na primeira Reunião Energética Sul-Americana, realizada em abril de 2007 na Ilha Margarita, na Venezuela, os presidentes decidiram adotar o nome Unasul e estabelecer a sede permanente no Equador.
O grupo deveria realizar um encontro na Colômbia, previsto para janeiro deste ano. No entanto, a reunião foi adiada inicialmente para março e depois suspensa definitivamente, em razão da crise entre Colômbia e Equador.
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