O Departamento de Sismologia da China negou a possibilidade de um segundo terremoto atingir a capital Pequim nesta segunda-feira, menos de 24 horas depois de um forte tremor de terra de 7,8 graus na Escala Richter sacudir a província de Sichuan, sudoeste do país.

– Rumores de que um abalo secundário, entre 2 e 6 graus na Escala Richter acontecerá em Pequim não são verdade. Não ocorrerá um terremoto destrutivo perto da capital no futuro próximo – garantiu o diretor do departamento, Yang Wei.

Um terremoto de 3,9 graus afetou o distrito de Tongzhou, ao leste de Pequim, às 14h35min (horário local). As autoridades chinesas, no entanto, afastaram qualquer temor de que a tragédia possa prejudicar a organização dos Jogos Olímpicos, em agosto.

– As instalações são anti-sísmicas até o nível máximo. Nenhuma das 31 instalações olímpicas de Pequim foram afetada pelo terremoto, nem as outras seis cidades do país nas quais serão disputadas competições – afirmou o porta-voz do Comitê Organizador dos Jogos, Sun Weide.

De acordo com a agência de notícias Xinhua, estima-se que o terremoto desta segunda possa ter matado de 3 a 5 mil pessoas e deixado mais de 10 mil feridas. Um hospital e cinco escolas desabaram. Em uma delas, quase 900 estudantes foram soterrados. Equipes de resgate trabalham no local em busca de sobreviventes.

Na região autônoma de Beichuan Qiang, cerca de 80% dos prédios desabaram ou racharam, informou a agência de notícias oficial da China. O primeiro-ministro chinês, Wen Jibao, descreveu o terremoto como um “desastre” e pediu calma à população.

– Diante do desastre, o mais importante é a calma, a confiança, o valor e uma direção forte – afirmou o chefe de governo no avião que o levava para a área afetada pelo tremor de terra.

O epicentro do terremoto, registrado às 14h30min locais (3h30min de Brasília), foi localizado a 93 quilômetros ao noroeste de Chengdu, capital da província de Sichuan e onde vivem mais de 10 milhões de pessoas. Várias cidades vizinhas também foram afetadas pela tragédia.