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 | 06/05/2008 06h18min

Wianey Carlet: Predestinado

Fernandão ainda jogava no Goiás e já era objeto do desejo colorado. Na caderneta de Fernando Carvalho, recheada de nomes e informações sobre jogadores, o de Fernandão sempre esteve no topo. Porém, faltava dinheiro para contratá-lo. Fernandão foi para a Europa, mas não saiu dos planos de Carvalho que, quando teve a possibilidade de repatriá-lo, não vacilou: ofereceu para a torcida colorada aquele que viria a ser o mais importante jogador da história do clube.

Fernandão não é craque, dificilmente sai de campo escolhido destaque do jogo. Mesmo assim, é fundamental pela liderança positiva que exerce, correta leitura de jogo e cabeceio mortífero. Quando parar de jogar, poderá ser dirigente do Inter ou seu treinador. Aliás, esta é a vantagem que poucos times desfrutam: ter dois treinadores, um no campo e outro no reservado. Fernandão e o Inter estiveram casados desde sempre. Só faltava a conjunção carnal que Fernando Carvalho propiciou. Se tivesse nascido no Beira-Rio, Fernandão não seria tão colorado. Um ídolo de verdade em um país de poucos ídolos.

Futuro vermelho
O Inter projeta chegar a abril de 2009 com 100 mil sócios. Na verdade, este número poderá ser atingido com larga antecipação. Com a conquista do Gauchão, a lista de associados chegará a 80 mil, facilmente. E se conseguir o título da Copa do Brasil, garantindo vaga para a Libertadores, os desejados 100 mil sócios chegarão seis meses antes da grande festa do centenário. Mas as melhores conseqüências virão um pouco mais tarde. São as vitórias que forjam novas gerações de torcedores. Dentro de poucos anos, as pesquisas mostrarão o crescimento do universo colorado.

É justo
Quando o Inter perdeu Figueroa, sofreram todos os zagueiros que vieram para substituí-lo. Ninguém parecia suficientemente bom. Aconteceu com Vitorio Piffero, sucessor de Fernando Carvalho, maior presidente da história do Inter. É justo que com 17 meses de gestão, Piffero seja beneficiado por uma revisão de conceitos. Ele tem feito uma administração correta e vitoriosa. Merecerá a reeleição que o fará presidente do centenário colorado.

Fora Roth
Roth se equivoca quando entende que a opinião pública desfavorável é conduzida pela imprensa. Não é. Toda vez que tento fazer qualquer defesa do treinador, a caixa de e-mails explode de mensagens irritadas. Celso Roth é um treinador que está na média dos treinadores brasileiros. Mas não tem ambiente algum para seguir no Olímpico. Será vaiado se escalar 4, 3, 2, 1 ou nenhum volante. É cruel, mas quanto mais demorar a sua saída, pior será para o Grêmio.

Que feio
O Juventude fez feio antes, durante e depois do jogo. Antes, não compareceu para participar da cerimônia dos hinos. Durante, levou uma goleada história. Depois, mandou apenas o seu capitão, Lauro, para receber o troféu de vice-campeão. Desde que adotou uma política anti-Capital, que alimenta diariamente, o Juventude parece ter esquecido de cuidar de si mesmo. As suas brigas com o Inter devem ser resolvidas entre os dois clubes. O resto é um retrocesso que só prejudica e diminui o próprio Juventude.

Show do Nando
Esta noite, no Opinião, Nando Gross e os Altofalantes lançam o seu novo CD. Está para lá de bom. Aquela cabecinha peladinha faz música de qualidade. Comprovem.

ZERO HORA

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